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O Japão é um país que atrai muitos turistas devido a sua cultura e história. Entre as cidades mais procuradas pelos estrangeiros estão Tóquio e Kyoto. O país possui possui 16 patrimônios culturais da Humanidade, incluindo o Castelo de Himeji e os Monumentos Históricos da Antiga Kyoto. Outro, ponto de interesse é o Monte Fuji. Todos que visitam o país, procuram uma foto perfeita com o Fuji ao fundo.
#Pracegover: Foto ao fundo Monte Fuji. Montanha com topo repleto de neve. No canto esquerdo flores de cerejeira
ENTRADA NO PAÍS:
Para visitar o país, além do passaporte, você necessitará de um visto. Para conseguir o visto, você precisará solicitar numa embaixada do Japão no Brasil e apresentar os seguintes documentos: Passaporte válido (e os passaportes anteriores com visto japonês); Formulário impresso da SOLICITAÇÃO DE VISTO PARA ENTRAR NO JAPÃO digitalizada ou preenchida com letra de forma; uma foto 3 x 4 recente (tirada há no máximo 6 meses), com fundo branco e sem data; Cópia da reserva de passagem de ida e volta, partindo do Brasil (individual para cada passageiro); Cópia autenticada da carteira de identidade (RG), ou CNH, ou original com cópia Cópia da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (todas as páginas, inclusive o recibo de entrega). Além de um cronograma de viagem, que você encontra no site da Embaixada do Japão no Brasil (clique aqui)
O JAPÃO DO FAUSTO
Agora que você já sabe o que precisa para ir ao Japão, vamos conhecer um pouco mais do país! Conversamos com Fausto Ancona, um brasileiro que acabou de fazer uma viagem de pouco mais de 20 dias pelo país e que afirmou pretende voltar para a Terra do Sol Nascente em outra oportunidade. "Eu sempre tive muita aproximação com a cultura japonesa. O Brasil é o país com maior quantidade de japoneses fora do Japão, então nós que moramos na região sudeste somos atingidos quase diariamente, por qualquer coisa relacionada à cultura nipônica, seja ela na parte gastronômica, no entretenimento, etc", relata.
#Pracegover: Foto. No meio da foto homem - Fausto (busto) sorrindo. Atrás, vários portais laranjas com letras japonesas no canto.
Devido as diferenças culturais e a barreira linguística, Fausto previa que teria algumas dificuldades durante sua viagem. "Minha expectativa era ter mais problemas na comunicação e passar alguns “perrengues” por lá, o que não se concretizou dado a gigantesca organização dos japoneses e também cordialidade e a vontade deles em ajudar. A comida é muito melhor do que eu achava e a cerveja japonesa é infinitamente melhor que a nossa. O sake também, faz você voltar mais conquistado pela bebida. Inclusive, acho que uma semelhança forte é que os japoneses bebem bastante, igual os brasileiros", destacou.
"Gostei muito do país. Se fosse para eleger as coisas que mais me agradaram diria que: o sistema de transporte (trem e metrô) – é inacreditável. A cordialidade das pessoas também é incrível. Além dos pratos típicos, sobretudo os sushis (nigirisuzhi) e os ramens (inclusive comemos um ramen classificado como 1 estrela Michelin por menos de 50 reais", ressaltou.
O brasileiro viajou para o país no mês de abril, ele afirmou que é uma época muito bonita, todavia, ele alerta que todas as atrações são cheias neste período. "O único ponto negativo do que eu esperava é que fui na época das Cerejeiras, eu não tinha ideia de quão lotadas ficam as atrações. É uma época muito bonita, mas prepare-se para encarar algumas boas filas e gente por todo lado.
COSTUMES:
Além da grande cordialidade e gentileza, o brasileiro afirma que a população costuma fazer suas atividades num ritmo alucinante. "Eles são muito intensos, conectados, fazem tudo como se o tempo estivesse acabando (isso mais em Tokyo), mas ao mesmo tempo são mais individualistas e evitam um pouco o contato com os estrangeiros, mais por conta da barreira linguística", explica.
Fausto também gostou de alguns hábitos dos japoneses, tanto que pensa em levar para sua vida. "Um costume interessante, que inclusive planejo adotar em casa é o de você tirar seus sapatos antes de entrar em praticamente qualquer residência, deixando a sujeira pra fora de casa. Outro aspecto engraçado é que eles não fazem muitas compras de mês, como fazemos no Brasil, mas sim vão todos os dias quase ao supermercado (ou as conveniências, chamadas de konbini) fazer a compra do dia.", complementou.
CIDADES VISITADAS:
Durante 23 dias de viagem, Fausto conheceu as seguintes cidades: Tokyo, Kyoto, Nara, Hiroshima, Himeji, Osaka, Koyasan, Kanazawa, Takayama, Shirakawa-go e Kawaguchi-ko. "Todas são incríveis. Tokyo é exatamente o que vemos na televisão ou na internet: frenética, intensa, um mundo de possibilidades", destacou.
#Pracegover: Rua de Tóquio. várias pessoas andando na rua. Nos prédios vários letreiros luminosos escritos em japonês dos 2 lados. Foto a noite.
O brasileiro afirmou que cada cidade tem sua peculiaridade e seus encantos. "Kyoto já é o lado mais conectado com a tradição e a história japonesa. Koyasan é o mais antigo sitio de templos budistas do Japão, no alto de uma das montanhas mais altas do país, enquanto Shirakawa-go é um patrimônio historico da UNESCO a céu aberto", informou.
#Pracegover: Foto Rua de Kyoto. Rua de paralelepípedos no centro da foto. Nos cantos muros de madeira das casas. No canto direito uma torre
DICAS DO FAUSTO
LEVE DINHEIRO! O Japão é um “cash-country”, ou seja, quase todas as transações são feitas em espécie, sobretudo em lojas pequenas (que são a maioria). Cartão de credito só em lojas de rede, e mais em Tokyo.
ALUGUE UM "POCKET WIFI". O Japão possui um serviço de aluguel de wifi de bolso. A cobertura é excelente (funcionou em 99.5% dos lugares que visitamos). Você contrata o serviço pela internet, retira no aeroporto e devolve no mesmo lugar. É barato e salva muitos contratempos.
#Pracegover: Foto de um aparelho Pocket Wifi
CUIDADO COM AS ESTAÇÕES. O Japão tem estações bem definidas, mas a amplitude térmica varia de acordo com os lugares. Sempre bom ter um tipo ao menos de cada peça.
APRENDA ALGUMAS COISAS BÁSICAS DE IDIOMA: Saber falar “Sumimasen” para pedir licença ou “Ohayo gosaimasu” para desejar bom dia pode deixar a barreira do idioma mais leve
LEVE AS TRADIÇÕES CULTURAIS A SÉRIO: Os japoneses são muito metódicos com sua cultura, especialmente relacionada higiene e comportamento. Saber como comer um sushi corretamente ou porque existe um chinelo no banheiro pode ajudar a evitar um olhar mais grosseiro ou uma chamada de atenção.
ESTRUTURA TURÍSTICA: O brasileiro elogiou bastante a estrutura turística do país. "Tem uma ótima estrutura, única questão é que tem uma certa barreira linguística. É muito difícil achar alguém que fale inglês bem, principalmente fora de Tokyo. Porém, as sinalizações no metrô, no trem e em principais pontos turísticos são feitas em inglês", destacou.
QUESTÕES SOCIAIS
- ACESSIBILIDADE: De acordo com o relato do brasileiro, o Japão é um país com estruturas bastante acessíveis. "Eles são super preocupados com acessibilidade. Em muitos pontos pude observar rampas de acesso ou elevadores. Eles tem uma população idosa muito grande e em crescimento, isso faz como que muitas dessas iniciativas de acessibilidade sejam facilmente encontradas", lembrou.
- RELAÇÃO COM ESTRANGEIROS: De acordo com o Fausto, ele sempre foi bem tratado pelo povo japonês. "Eles sempre foram muito receptivos comigo, nunca passei por nenhuma situação de preconceito nem nada assim. Inclusive, tenho amigos próximos que são descendentes (de japoneses) que também foram ao país e não relataram qualquer tipo de discriminação . Não observei (preconceitos) com outras nações tampouco", relatou.
- MACHISMO: Segundo o brasileiro, o machismo no Japão acontece de forma mais velada. "O Japão é uma sociedade machista por si só. Não é visível à luz do dia e nem direto como no Brasil, ele é mais velado, com traços mais expostos no entretenimento e na mídia. Assédio sexual é algo muito típica no Japão, porém mais diretamente relacionado com hierarquias sociais, sobretudo no trabalho. Na rua, estrangeiras não devem ter problemas", expôs.
- HOMOFOBIA E RACISMO: A situação é bem parecida com relação a homofobia. "Existe, mas é velado. Existem bairros gays em Tokyo, mas em momento algum vi casais de mãos dadas como na Europa ou até mesmo em São Paulo. Racismo também não presenciei, pois é um povo muito educado. O que se ouve falar é um preconceito contra descendentes, mas que também já foi negado por amigos que são mestiços e viajaram ao Japão", contou.
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