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  • Foto do escritorLeonardo S. Paduan

A FRANÇA NÃO É SÓ PARIS!


** SUGESTÃO: Playlist do Spotify França

De acordo com a OMT (Organização Mundial do Turismo) a França é o país mais visitado do Mundo. O glamour pariense e atrações como Torre Eiffel, Champs Elysées, Arco do Triunfo e Louvre atraem turistas de todas as partes do globo terrestre. Porém, o país tem muito mais atrativos como: a culinária e vinhos refinados, variedade natural de beleza natural, com uma geografia privilegiada composta por montanhas, campos e belas praias. Então, que tal conhecer um pouco mais da França, além do trivial? Vamos lá?


Torre Eiffetl

#Pracegover: Foto da Torre Eiffell. Ao lado algumas árvores sem folhas.

ENTRADA NO PAÍS:

Antes de embarcar nesta viagem para França, vamos ver o que é necessário levar para não ter problemas na IMIGRAÇÃO! Não há restrições para entrada de brasileiros(as) na França. Não é necessário visto, nem certificado internacional de vacinação específico. Porém, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) tem algumas orientações para a entrada sem problemas no país. Se você for viajar a turismo, por um período de permanência de até 90 dias é importante ter em mãos: Passaporte válido por, no mínimo 6 meses. Portadores de passaportes com validade inferior a esse prazo terão seu ingresso indeferido; Passagem de retorno ao Brasil (o bilhete não pode estar "em aberto"); Comprovante de reserva de hotel, ou uma carta-convite assinada pelo anfitrião, comprovante de posse de recursos financeiros compatíveis com a estadia e Seguro Internacional de Saúde.

Lembrando que caso você faça uma viagem para a França por um período maior de tempo, seja por trabalho, estudos ou até mesmo turismo, é preciso verificar as normas do visto que necessita pelo determinado tempo que ficará no país.

 

A FRANÇA DO GAEL

Para conhecer mais da França, conversei com um brasileiro, com acedência francesa e que visita o país desde pequeno: Gael Fostier Moraes. Por ter a mãe francesa, o brasileiro acostumou desde pequeno a viajar para a França. "Possuo família na França, logo, uma vez ao ano íamos para lá. Fiz isso, todos os anos até completar 22 anos, quando decidi morar na França. Minha escolha foi baseada no modelo de Master oferecido que se adequava mais às minhas metas profissionais do que o modelo de mestrado que possuímos no Brasil. Mas, pretendo voltar ao Brasil, não sei quando, nem como, nem onde, porém o Brasil faz muita falta", conta Gael, que atualmente encontra-se na Itália, concluindo seu mestrado, que terá dupla diplomação.


Gael

#Pracegover: Foto em Petro e Branco. Na frente, ao centro, homem (Gael) com as mãos no bolso da blusa. Ao fundo, um pedaço de mar com algumas construções na margem.

Gael conta que pela quantidade de vezes que viajou para a França, somado ao tempo que passou no mestrado, já conheceu praticamente todo o país. "As cidades que ganharam o meu coração: o clássico – Paris. Morei um ano em Lyon e é uma cidade completa, desde coisas pra ver, museus, cultura, parques, vida noturna, a cidade é incrível. Tregastel, um vilarejo na praia no noroeste da França possui uma das paisagens litorâneas mais lindas que já vi. Além disso, a cultura com traços celtas é muito rica. Carcassone: a mais conservada cidade medieval e fortificada que já fui. Realmente bela", comentou.


Carcassone

#Pracegover: Foto de Carcassone. No canto esquerdo muros de uma fortificação de um Castelo. Ao lado um morro do lado direito algumas casas da cidade.

Ainda sobre as cidades, o brasileiro afirmou que cada região tem suas peculiaridades. "É difícil de indicar apenas um local para se conhecer, pois cada região tem cidades especiais para se conhecer e uma gastronomia diferente para degustar. Mas, eu recomendo que quem viaje para a França explore a Bretanha. É uma região que os Brasileiros não costumam ir e uma das mais incríveis do país", indicou. Inclusive, na região fica a cidade de Tregastel, citada pelo próprio Gael como uma de suas favoritas na França.


Tregassel - região da Bretanha

#Pracegover: Na parte da frente um gramado até chegar a praia. Ao fundo algumas casas no canto direito a margem da praia e no centro o mar. O céu cheio de nuvens.

VINHOS BARATOS E COMIDA DE INVERNO.

Gael, apontou os vinhos franceses como um das coisas que mais gosta no país. "Um vinho de qualidade na França pode ser obtido a partir de 3 euros. Vinhos de alta qualidade podem custar 10 euros. Gosto da comida de inverno francesa. Sempre com muita batata, creme, queijo derretido de varias formas", comentou.

CLIMA¹:

Verão: Junho a Agosto - A temperatura média é de 25°C. Chuvas não são frequentes, mas podem ocorrer ocasionalmente. Outono: Setembro a Novembro – No início da estação, pode-se observar temperaturas de 15°C, que rapidamente caem e permanecem em uma média de 10°C nos meses que seguem. Paris recebe pouca luz solar durante a estação. Inverno: Dezembro a Fevereiro – Temperaturas variam entre 1ºC e 6ºC. Não é comum nevar em Paris. Primavera: Março a Maio – Clima ameno, temperaturas aumentam gradualmente. Pancadas de chuva frequentes no início da estação.

¹ - Informações do Clima retiradas do site do MRE.

DICAS DO GAEL

  • NÃO SUBESTIME O FRIO. Se for no inverno, leve muita roupa quente e tente programar para ter menos camadas possíveis, pois todo estabelecimento é aquecido e o tira-e- põe casacos as vezes cansa.

  • EVITE COMER EM ÁREAS TURÍSTICAS: Não caia em restaurantes em áreas turísticas. São geralmente muito caros e a qualidade não é boa. Na França muitos restaurantes pequenos e pouco conhecidos podem ser muito bons.

  • CHEGUE CEDO: Se for a Paris indico chegar cedo nas atrações mais turísticas e deixar o resto para depois, pois, perder o dia em filas não é raro.

  • ANDAR A PÉ: Se tiver disposição evite city tours e vá a pé por toda Paris, os detalhes da cidade são a melhor parte. Ao invés de pegar metro tente também pegar ônibus, pois o metro é eficiente, mas, se perde muito da vista sobre a cidade.


Entrada do Louvre

#Pracegover Pessoas na fila para entrada do Louvre. Ao fundo a pirâmide de vidro do Louvre.

FRANCESAS (ES) X BRASILEIRAS (OS)

O estigma do francês é de ser um povo pouco receptivo. Mas, de acordo com Gael isso é um mal do povo parisiense, apenas. "O pessoal do Brasil costuma ir a Paris e se decepcionar com a recepção. Porém, isso é uma característica da Cidade não do pais. Assim como New York, São Paulo, etc. Fora dos grandes centros o francês costuma gostar bastante do brasileiro. A única exceção é quando estamos em grupo, pois, o brasileiro tende a se expressar e falar muito mais alto em grupos do que o francês e isso tende a desagradar", concluiu.

 

QUESTÕES SOCIAIS

ACESSIBILIDADE:

Apesar de possuir uma infraestrutura turística boa, o país ainda precisa melhorar no que diz respeito a Acessibilidade. O site do MRE ressalta que Paris, sobretudo prédios residenciais e comerciais (como restaurantes e lojas), não é uma cidade acessível para pessoas com mobilidade reduzida. Os elevadores costumam ser pequenos e, nos restaurantes, os banheiros ficam no subsolo e o acesso se dá, geralmente, apenas por escada. "Não é todo país que possui acessibilidade. Por exemplo, Lyon tem muita acessibilidade, já Paris é um pesadelo. Quanto mais antiga a cidade, independente de onde for, mais raro ter acessibilidade", ratificou Gael.

LGBTQ+

O site do MRE destaca que na França não há quaisquer restrições a relacionamentos homoafetivos ou à organização de eventos LGBT no país. Inclusive, o casamento entre cidadãos do mesmo sexo foi legalizado em 2013. Mesmo, assim demonstrações de homofobia podem acontecer no país, como infelizmente, em todos os lugares do mundo. "Sobre a homofobia, creio que na França seja um preconceito velado assim como é o racismo no Brasil", analisou Gael.

PRECONCEITOS

Nosso amigo também fez uma análise sobre os preconceitos na sociedade francesa. "O publico mais velho tende a ser mais homofóbico, machista e racista. Quanto mais fundo nas áreas rurais, maior a tendência ao conservadorismo. Porém, acho que isso seja um traço comum a muitos países. No Brasil temos o mito da democracia racial, na França temos o mito dos direitos humanos para todos.", constatou.

 

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