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  • Foto do escritorLeonardo S. Paduan

ARGENTINA POLITEÍSTA: A CONSAGRAÇÃO DE MESSI!

Atualizado: 23 de fev. de 2023

O futebol é inexplicável. O futebol não se explica, limita ou define, o futebol se VIVE e SENTE. O futebol é tão paradoxalmente perfeito que se torna apaixonante ao ponto de mobilizar multidões. É emoção pura, paixão sobrenatural. E quando falamos de sentir o jogo, nós, latinos somos especialistas. Em especial, os argentinos.

Os hermanos são verdadeiros devotos do futebol. Tanto que foram abençoados com um Deus, ou melhor um Dios: Diego Maradona. Com os pés e com a mão, Diego operou milagres e conquistou devotos para a Igreja Maradoniana por todo seu país (e até alguns adeptos em outras partes do mundo, especialmente em Nápoles). A Argentina transformou-se em uma nação monoteísta e maradoniana. Mas, a paixão pelo futebol do argentino é tão grande, que eles foram agraciados também com Lionel Messi.

Messi, nasceu argentino, em Rosário. Mas, quis o destino que ele fizesse sua carreira em Barcelona, na Europa. Lá ele encantou o mundo. Pois, Messi é a tradução do futebol: inexplicável, autor de jogadas paradoxalmente perfeitas, mobilizador de multidões e paixões. Porém, o distanciamento geográfico, também o distanciava dos corações argentinos. Em sua terra natal, sofria com a resistência de muitos compatriotas.

Afinal, em terra de Dios, idolatrar outro seria heresia. Messi, precisava se provar! Mesmo fazendo gols inexplicáveis, jogadas paradoxais e atuações apaixonantes, por muito tempo gerou desconfiança entre argentinos. As derrotas, o drama e o sofrimento moldaram sua relação e aos poucos ele estabeleceu o vínculo com o torcedor albiceleste. Mas, faltava um título. Uma chancela de sua grandeza.

Mural em Rosário do Messi
#Pracegover: Imagem de uma parede com um grafite do Messi com a camisa da Argentina (Foto: Leonardo S. Paduan)

#Pracegover: Imagem de uma parede com um grafite do Messi com a camisa da Argentina


O primeiro título veio em 2021. Quis o destino que Messi conquistasse as Américas no Maracanã, um templo do futebol, contra o Brasil. Nesse jogo, ele conseguiu um feito Maradoniano: fez brasileiros torcerem pela Argentina, contra o Brasil. Porém, esse era apenas mais um ato da incrível jornada de Lionel. Pois, ainda faltava um passo importante para atingir seu lugar definitivo no Olimpo Argentino. A América era pequena para Messi. O craque argentino merecia o Mundo. A Copa merecia ter Messi em seu hall de campeões. A história da Copa do Mundo seria incompleta, sem tê-lo como campeão. Assim, Lionel, o futebol e a Copa trataram de fazer o "Last Dance", ou melhor o "Último Tango de Messi" ser magistral. Desta forma, tivemos a sorte de vivenciar uma das maiores finais, se não a maior de uma Copa do Mundo. Uma final digna de uma consagração. A consagração de Lionel Messi.

Messi foi o melhor que vi jogar, sem sombra de dúvidas. Capaz de bater recordes, como fez nessa Copa, e ao longo de toda sua carreira. Capaz de fazer jogadas deslumbrantes e mágicas, de fazer brasileiros torcer para Argentina (e as vezes até contra o próprio Brasil), de carregar um time até a glória mundial. De transformar a Argentina monoteísta em Politeísta. O mundo se curva e reverencia Lionel, o novo Deus Argentino.

Foto: Divulgação FIFA. Foto Messi no ombro de Kun Aguero, no meio da multidão de argentinos, com a taça da Copa do Mundo na mão.



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Foto Leonardo Spagiani Paduan
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