Pauliceia desbravada por um caipira desvairado

Vou te contar uma história boa

Aconteceu lá na terra da garoa

Foi na tal da Virada Cultural

Que aconteceu lá pelas bandas da capital...

Lá foi o caipira desvairado

Rumo ao evento esperado

Foi desbravar a Pauliceia

Que mais parece uma colmeia

Onde a competição é de quem mais produz

Em qualquer que seja a estação até na da Luz.

Selva de pedra que encanta e assusta

Uma mistura tribal em plena rua Augusta

Depois de horas de viagem

Estranhou ver apenas prédios na paisagem

Então, logo tomou a linha azul

E foi parar lá na Zona Sul.

Corajoso e seguindo a moça da cidade

Foi encontrar uma velha e grande amizade.

Rumou a selva de pedra adentro

Andou, pegou metrô e ônibus. Chegou no centro.

No Anhangabaú, parou num viaduto para tomar um chá

E seu amigo da faculdade foi lhe “buscá”

Levou o caipira para conhecer a Liberdade

No caminho viu pessoas pedindo caridade.

Enquanto dava uma volta no Ibira. (puera)

Ficava a pensar o caipira:

‘Embora cheia de oportunidades

Essa é terra é cheia de desigualdades’

Cuidado, olha o arrastão!

Aonde? É na Consolação!

“Ufa, tô no cruzamento da Ipiranga com a São João”

Mas o que é isso que acontece no meu coração?

Como tinha perdido sua fé

O caipira foi parar na Catedral da Sé.

Logo desceu um pouco parou na praça

E viu no palco uns artistas fazendo graça

Antes de ir embora assistiu a final do Paulista

Viu do seu time mais uma conquista

Foi comemorar na avenida que leva o nome do campeonato

Mas, aí acabou seu tempo e o caipira voltou pro mato.